quarta-feira, 18 de março de 2009

Wake UP



Agora, longe, e com calma pensava nos últimos acontecimentos. Como pode ter percebido apenas agora?
Não deveria voltar a falar com ela. Ela magoava-o. Continuava a desiludi-lo. Palavras sem importância. Palavras sem significado!
Agora tinha tomado uma decisão, tudo se tornava claro no seu pensamento. Depois de tanto tempo. Finalmente! No entanto... Ainda tinha tanto para lhe dar, e sabia que ela também tinha algo mais a dar-lhe.
Porém sabia que tudo não tinha passado de uma pura fantasia, da fértil imaginação dele... mas fora feliz! Contudo estava na altura de voltar ao mundo real, onde nada é como nós queremos e imaginamos. Onde ninguém nos diz exactamente aquilo que gostariamos de ouvir.
Vivera este tempo todo num rol de mentiras, de facto era óptimo ouvir um "amo-te" e acreditar, não por ser verdade, mas sim por ser o que ele queria tanto ouvir. Fazia acreditar nos contos de fadas, nas histórias com finais felizes.
Mesmo quando tudo apontava para o fracasso, ele acreditava quase que cegamente no sucesso daquela relação. Por vezes era tão “cego”!
Foi preciso cair, rebolar mais ainda no chão por vontade própria, levantar-se e atirar-se novamente do carro em andamento... e talvez nem assim tenha percebido a verdadeira essencia dela!
Mas numa manhã de um dia qualquer, de um mês qualquer e de um ano sem qualquer importância tinha acordado e percebido o que realmente queria. Não interessa quando, não lhe interessa a data, o tempo exacto, mas sim o pensamento, aquele pensamento que pode mudar tudo, a essência da pessoa, que nos pode fazer ver que durante tanto tempo estivemos enganados...

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